Estilo musical: Jazz
O jazz foi criado pelos negros no início do século, no delta
do Mississippi e em New Orleans. A música de jazz tem três características
principais:
O swing. Balanço. Maneira de tocar.
O improviso, ou individuação. Solos improvisados que se
seguem ao tema.
A comunicação, ou função de ritual, herdada das reuniões de
igreja, onde a participação da platéia é fundamental.
O jazz surge primeiro em jam sessions, onde músicos e
plateias se integram. Músicos que vem para solar de improviso seus instrumentos
e uma platéia que participa batendo os pés e as mãos.
Origem:
O jazz se desenvolveu com a mistura de várias tradições
religiosas, em particular a afro-americana. Esta nova forma de se fazer música
incorporava blue notes, chamada e resposta, forma sincopada, polirritmia,
improvisação e notas com swing do ragtime. Os instrumentos musicais básicos
para o Jazz são aqueles usados em bandas marciais e bandas de dança: metais,
palhetas e baterias. No entanto, o Jazz, em suas várias formas, aceita
praticamente todo tipo de instrumento.
No início do século, New Orleans era um caldeirão de raças,
povos e credos. E todos eles amavam e praticavam as suas próprias tradições
musicais. Lá tudo se ouvia, nas salas e nas ruas: ópera francesa, folk songs,
as danças espanholas, marchas prussianas, canções napolitanas, melodias
cubanas, ritmos africanos, blues, spirituals, shouts, ragtime e tudo o mais que
fosse musical
New Orleans foi a capital do jazz e sua importância se
estendeu até os anos trinta e até essa época, de lá vinham mais da metade dos
grandes músicos de jazz. As razões foram: pelo cultivo da tradição franco -
espanhola; pela existência de duas diferentes populações negras, a americana e
a creole, que gerava uma série de tensões humanas que excitavam a criatividade
popular; presença de uma rica atividade musical européia, popular e erudita, e
por último, Storyville, o bairro boêmio da cidade, onde todos esses elementos
se cruzavam, nos honk tonks, onde todas as classes se entrecruzavam, sem
distinções de classes ou preconceitos.
Mas em New Orleans, a prática do jazz não era privilégio dos
negros. O jazz "branco" apesar de menos expressivo que o dos negros,
tecnicamente era mais bem acabado. As melodias eram menos rebuscadas, as
harmonias mais limpas e a sonoridade menos original
Ouvia-se menos aquele sons estridentes, o vibrato constante
ou glissandi. Quando esses elementos apareciam na execução, eram usados como
artifício interpretativo
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