Hip-Hop
INTODUÇÃO
Hip-Hop é
uma cultura que consiste em 4 subculturas ou subgrupos, baseadas na
criatividade. Um dos primeiros grupos seria, e se não o mais importante da
cultura Hip-Hop, por criar a base para toda a cultura, o DJing é o músico sem
“instrumentos” ou o criador de sons para o RAP, o B.Boying (a dança B.Boy,
Poppin, Lockin e Up-rockin) representando a dança, o MCing (com ou sem utilizar
das técnicas de improviso) representa o canto, o Writing (escritores e/ou
graffiteiros) representa a arte plástica, expressão gráfica nas paredes
utilizando o spray.
Historia do Hip-hop
Para abordar o Hip Hop torna-se essencial
resgatar, de forma sucinta, a origem do funk, pois essa forma de música surgiu
da música negra americana, o “Rhythym and Blues”, rotulada como “race music”
até cair no gosto popular dos jovens brancos americanos. Houve a partir da
década de trinta, uma grande migração da população negra que vivia no sul do
país, para os centros urbanos do norte dos Estados Unidos e que necessitava,
emergencialmente, de trabalho. Neste período o Blues absorve instrumentos
elétricos dando origem ao Rhythm’d Blues, que conseqüentemente mistura-se com a
música gospel protestante, resultando no “Soul”, cuja tradução é “alma”. Na
década de sessenta o Soul passa a ser a música de protesto dos movimentos em
favor dos direitos civis dos negros, tornando-se a “black music” americana. Na
luta por uma real cidadania, eles começam a fazer uso da palavra “funky”
(fedorento), muito utilizada por seus agressores. Desta forma o Funky passa ser
uma forma de atitude e identidade negra no vestir, falar, dançar, enfim, viver.
Na década seguinte, anos setenta, a mídia no
Brasil se apropria desse estilo e passa a comercializa-lo, projetando o estilo
“Black Power” com Gerson King Combo. Uma espécie de James Brown à brasileira. O
Rio de Janeiro, por concentrar a maior mídia de massa da época, aglomera
grandes equipes de som, como as “Soul Grand” e “Furacão 2000”, com realização
de grandes bailes na zona sul e subúrbio da cidade. A imprensa batizou este
movimento ao orgulho negro de “Black Rio”, entrando a década de oitenta
sacudindo clubes, discotecas e casas noturnas das grandes capitais brasileiras.
Nos Estados Unidos, paralelamente, em Nova
Iorque e Detroit, estava acontecendo uma reação ao movimento Black Power.
Começa a surgir um dos primeiros elementos estéticos da cultura Hip Hop: o RAP
(Rhythm And Poetry). Com a criação e comércio desacelerado dos CDs (compact
disc), a classe média americana começa a se desfazer de seus toca-discos de
vinil, então os jovens desempregados os recolhem e os reciclam, produzindo
novos sons com esses vinis, criando o “stracting”, que é arranhar a agulha no
disco de vinil no sentido anti-horário, o “phasing”, alterando a rotação do
disco, e o “needle rocking”, a produção de eco entre duas picapes. Desta forma
é lançada a base musical, ou melhor, o “break beats”, do rap. Esses DJs (disc
jockeys) produziam seus sons nas ruas e becos, desta forma proporcionando o
surgimento do movimento Hip Hop, que passou a unir a break dance, o rap, o
graffiti, e o estilo b-boy (b-girl) com suas grifes esportivas.
O Hip Hop chega ao Brasil, vindo da Florida
(EUA), pelo ritmo “Miami Bass” de músicas com batidas rápidas e erotizadas, mas
este ritmo aqui foi batizado de “Funk”, uma retomada ao movimento anterior.
Duas vertentes vão surgir neste estilo que acaba de chegar às comunidades de
baixa renda. Uma atente a demanda da produção midiática, à cultura de massa,
liderada por um grupo de pessoas que visam o lucro com esta produção,
oferecendo a população uma forma de diversão e de passar o tempo. Enquanto que
a outra vertente, o Hip Hop, propõe uma ação de protesto político e social para
o exercício da cidadania. O termo Hip Hop tem na sua etmologia as danças da
década de setenta, em que se saltava (hop) e movimentava os quadris (hip). Mas
também há registros de que tenha sido criado por Afrika Bambaataa (Kevin
Donovan).
O Rap (Rhythm And Poetry) tem sua origem nos
“Sound Systems” da Jamaica, muito utilizados por lá na década de sessenta, uma
espécie de carro de som onde o “toaster” (como o MC atual) discursava sobre os
problemas socioculturais e políticos do seu povo. Em busca de trabalho, na
década de setenta, esses toasters migraram para os Estados Unidos, e lá
contribuíram para o surgimento do Rap. A linguagem do Rap possibilitou aparecer
novos cantores, grupo musicais e mestres de cerimônia, os MCs, importantíssimos
nos bailes funks e nas apresentações de Rap.
A Break Dance é a linguagem artística dentro
do Hip Hop praticada pelos b-boys e b-girls, os adoradores de grifes
esportivas. Este estilo de dança surgiu com a quebra da bolsa de valores dos
Estados Unidos, em 1929, quando acontece o desemprego em massa. Os artistas dos
cabarés americanos foram para as ruas fazerem seus números de música e dança,
em busca de dinheiro. Daí surge a “Street Dance” (Dança de Rua), porém com uma
estética própria daquela época. A break dance baseia-se na performance do
dançarino, na sua capacidade de travar e quebrar os movimentos leves e
contínuos. Ela é uma estética específica dentro da Dança de Rua (Street Dance)
que possui característica de enfrentamento, protesto e/ou performance em grupo,
mas permitindo que em determinado momento da apresentação alguém possa
improvisar com a sua habilidade em break dance.
DANÇA
A dança hip
hop inclui uma grande variedade de estilos, nomeadamente breaking, locking,
popping, e krumping. Breaking, locking e popping foram desenvolvidos na década
de 1970 por negros e Latino-americanos. O krumping surgiu na década de 1990, em
comunidades Afro-americanas, em Los Angeles. O que separa a dança do hip hop de
outras formas de dança são os movimentos de improvisação (freestyle) e que os
dançarinos de hip-hop frequentemente envolvem-se em disputas nas competições de
dança. Sessões de freestyle e disputas geralmente são realizadas numa cypher,
um espaço de dança circular que se forma naturalmente uma vez que a dança
começa.
Moda
A moda do
hip hop é um estilo de se vestir de origem afro-americana, caribenha e latina,
que teve origem no bairro The 5 Boroughs, em Nova Iorque, e, mais tarde,
influenciou em cenas do hip hop em Los Angeles, Galesburg, Brooklyn, Chicago,
Filadélfia, Detroit, Porto Rico, entre outros. Cada cidade contribuiu com
vários elementos para o seu estilo geral visto hoje no mundo inteiro.[16] [17]
[18]
Geralmente,
as roupas utilizadas no hip hop são largas, para que os movimentos fiquem
maiores, dando mais efeito visual para a dança. Também são utilizados bonés,
muitas vezes virados para trás ou de lado, costumam usar shorts ,e, na maioria
das vezes, as roupas são vistosas.
O primeiro
estilista a unificar a moda convencional com o estilo do Hip Hop foi Karl Kani,
que desenvolveu as primeiras calças com o formato propriamente largo. Pelo
sucesso das vendas ele recebeu o título de "The Godfather of fashion
Urban"[19] e também foi eleito mais tarde pela revista People um dos 100
Afro-Americanos mais ricos do mundo.
Alguns Artistas de Hip-Hop
-Snoop Dogg
-OutKast
-Jay-Z
-Kayne West
-Dr.Dre
-Common
-2pac
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA
HERSCHMANN,
Micael, O Funk e o Hip-Hop invadem a cena. Rio de Janeiro: UFRJ, 2003.
VIANNA,
Hermano, O mundo funk carioca, Rio de Janeiro: Zahar, 1988
blogadoshiphop.blogspot.
Aluna: Letícia Aquino
Turma: 9 ano E
0 comentários:
Postar um comentário