terça-feira, 17 de novembro de 2015

Davi Scat: Lambadão

Lambadão

De acordo com algumas pessoas ligadas ao ritmo, o lambadão surgiu em meados de 1994 e era tocado em zona rural e nas periferias de Cuiabá e Várzea Grande. Hoje o ritmo invade todo o Estado atingindo todas as classes sociais. A mistura do rasqueado cuiabano com a famosa lambada faz parte da cultura mato-grossense.
Antes de ser chamado de lambadão, era conhecido como rasque lambada, batizado por Zé Moraes, vocalista de uma tradicional banda da região.

Bandas


 O lambadão é tocado em dois tipos de grupos. Um é tocado por banda completa que contém bateria, baixo, sopro e guitarra enquanto que o outro é formado por bandas eletroritmicas compostos apenas por vocalista e teclado. Dentre elas, temos as bandas que estão há 22 anos na estrada como Scort Som que já gravaram 10 cd’s e 2 dvd’s, além de de outras conhecidas nacionalmente como Erre Som e Estrela Dalva que já estiveram presentes em programas de rede nacional.

Casas de festa

Em Várzea Grande, o ritmo envolvente tem seus locais fixos para a prática da dança. Há cerca de seis casas, dentre as quais “Cabana da Dudu” e “Central Show Bar”.

Antes de se tornar Central Show Bar, o local tinha outro nome e outra gerência, se chamava Clube do Aluísio. Lá já estiveram grandes bandas de Várzea Grande e região como Estrela Dalva, Mega Boys, Os Federais de Poconé, e o saudoso Chico Gil – o rei do rasqueado. Aluísio Silva de Paula, ex-proprietário do local, conta como surgiu o lambadão e o por que de arrastar multidões: “É o ritmo do povão cuiabano e varzeagrandense; é a alegria do povo sofrido que trabalha a semana toda e quer se divertir no fim de semana. O povo prefere mais o lambadão e comparece em peso por causa do preço mais barato que em outros locais e outros ritmos, e sem falar da dança sensual que envolve todos que estão presentes. O gingado é o diferencial”.


O casal Jovanildo e Sueli, são frequentadores recorrentes da casa, moram em Várzea Grande e dizem porque gostam do Central Show Bar. “Faz uns oito anos que frequentamos aqui por ser pertinho de casa e também por ser um local agradável que podemos dançar”, explicou Sueli.

“Muitos americanos e ingleses quando vem pra Cuiabá conhecer o Pantanal, acabam também aparecendo às casas de lambadão, quando eu era dono, sempre recebia visitantes que saiam encantados com a dança e com o povo que lá estava”, comenta Aluísio.

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